Governo de SP avalia uso de inteligência artificial para "aprimorar" conteúdo digital nas escolas: o que está em jogo?

São Paulo, 18 de abril de 2024 - A Secretaria Estadual da Educação (SEE) de São Paulo está avaliando a implementação de um projeto-piloto que utiliza inteligência artificial (IA) para "aprimorar" o material digital usado por professores do ensino fundamental e médio. A proposta, ainda em fase de testes, gerou debates entre especialistas e entidades da área da educação.

O que propõe o projeto?

1. A plataforma de IA, como o Chat GPT, seria utilizada para atualizar e aprimorar as aulas já elaboradas por professores em 2023.
2. A IA inseriria novas atividades, exemplos práticos e informações adicionais para enriquecer as explicações.
3. O conteúdo revisado passaria por duas etapas de avaliação por professores curriculistas, além de revisão de direitos autorais e design.

Pontos de apoio:

1. Governo:
2. A ferramenta seria um "facilitador" para os professores, que teriam mais tempo para se dedicar à interação com os alunos.
3. A IA permitiria a atualização constante do conteúdo, com novas informações e exemplos práticos.
4. A iniciativa faz parte da modernização da educação pública, buscando acompanhar as inovações tecnológicas.
5. Alguns especialistas:
6. A IA pode auxiliar os professores na produção de materiais didáticos, otimizando seu tempo e trabalho.
7. A ferramenta pode trazer novas perspectivas e abordagens para o conteúdo, enriquecendo o aprendizado dos alunos.

Pontos de crítica:

1. Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo):
2. A substituição de professores por IA é um "escárnio" e precariza a profissão.
3. A IA não substitui a subjetividade e a criatividade do professor, essenciais no processo de ensino.
4. A ferramenta pode gerar conteúdo com erros e falhas, prejudicando o aprendizado dos alunos.
5. Deputada estadual professora Bebel:
6. A IA comete erros e faz associações equivocadas, o que pode levar à propagação de informações incorretas.
7. A medida trará desperdício de tempo de trabalho dos professores e colocará em risco seus empregos.
8. Especialistas em educação:
9. A IA deve ser utilizada como ferramenta complementar, não como substituta do professor.
10. O foco deve estar na formação de professores para o uso adequado da tecnologia em sala de de aula.
11. É fundamental garantir a qualidade e confiabilidade do conteúdo produzido pela IA.

O que o futuro reserva?

O projeto-piloto da SEE ainda está em fase de testes e avaliação. A decisão final sobre sua implementação dependerá dos resultados das avaliações e das discussões com a comunidade educacional.

Para se aprofundar no assunto:

1. Notícia completa no g1: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/04/17/governo-de-sp-avalia-utilizar-inteligencia-artificial-para-aprimorar-conteudo-digital-nas-escolas-estaduais.ghtml

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Lembre-se: A educação é um direito fundamental e deve ser de qualidade para todos. A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar nesse processo, mas sempre com o cuidado de não substituir o papel essencial do professor.